Dengue ultrapassa 110 mil casos em 2024 e intensifica alerta de prevenção no Rio
Com 110.940 casos e 21 mortes registrados em 2024, o Rio de Janeiro vive o maior surto de dengue dos últimos dez anos, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. Diante dessa situação, o Seconci-Rio reforça a urgência da prevenção como medida essencial para conter a disseminação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
A eliminação de recipientes que acumulam água parada, como pneus, vasos, garrafas e pratos de plantas, é essencial para interromper o ciclo de reprodução do mosquito. Além disso, é importante utilizar repelentes, instalar telas de proteção em janelas e portas, e vestir roupas que cubram braços e pernas, especialmente durante o dia, quando o mosquito é mais ativo.
A gerente médica de saúde do Seconci-Rio, Gilda Maria, ressalta a necessidade de todos estarem atentos e engajados na prevenção da dengue. “É fundamental que todos compreendam a seriedade da situação e adotem práticas que reduzam os riscos de infestação do Aedes aegypti. A prevenção deve estar na ordem do dia e a colaboração de cada um é importante para proteger a saúde coletiva”, enfatiza.
Além das ações individuais, o Seconci-Rio destaca a importância da atuação conjunta entre poder público, instituições privadas e comunidade, para implementar estratégias de combate à dengue. A entidade também reforça a necessidade da orientação médica ao menor sinal de sintomas da dengue, como febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e manchas na pele. A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações decorrentes da doença.
Combate nos canteiros de obra
Além de alertar a população em geral, é fundamental destacar a importância de cuidados específicos nos canteiros de obra para prevenir a proliferação do mosquito. Em janeiro, período marcado pela temporada de chuvas no Rio de Janeiro, as condições são favoráveis ao acúmulo de água parada, criando ambientes ideais para a reprodução do transmissor da dengue.
Confira as seguintes medidas para as empresas do setor:
- Vistoria constante: implementar um programa regular de vistoria nos canteiros de obra, identificando e eliminando possíveis focos de água parada. Isso inclui inspeção em recipientes, lonas, equipamentos e estruturas que possam acumular água.
- Treinamento e conscientização: promover treinamentos periódicos para os colaboradores sobre a importância da prevenção da dengue, conscientizando sobre a eliminação correta de resíduos e o descarte apropriado de materiais que possam se tornar criadouros do mosquito.
- Uso de repelentes e uniformes adequados: incentivar o uso de repelentes e fornecer uniformes que minimizem a exposição da pele, reduzindo o risco de picadas do Aedes aegypti.
- Manutenção adequada de áreas verdes: caso haja áreas verdes nos canteiros de obra, garantir que a manutenção seja realizada de forma a evitar acúmulo de água em vasos, pneus ou outros recipientes.
- Diálogo com fornecedores: estabelecer diálogo com fornecedores para garantir que materiais e equipamentos sejam entregues e armazenados de maneira que não propicie a criação de locais para a reprodução do mosquito.
Ações simples e rotineiras nos canteiros de obra podem fazer a diferença no controle da dengue. Ao integrar essas práticas preventivas às rotinas operacionais, as empresas do setor podem não apenas garantir a segurança de seus trabalhadores, mas também atuar como agentes ativos na promoção da saúde pública, colaborando para a redução dos casos de dengue no Estado do Rio de Janeiro.