E é neste cenário de melhoria ambiental que a pandemia da Covid-19 vem alertando ainda mais para os cuidados que devemos ter com o meio ambiente. Por isso, ações voltadas à proteção da natureza são cada vez mais utilizadas dentro da construção civil, ainda mais que os números divulgados pela Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), revelam que o Brasil produz, por ano, cerca de 87,2 milhões de metros cúbicos de resíduos de obras e que, por dia, 290 mil toneladas de entulho são descartados, o que é suficiente – se esse material desperdiçado for reciclado – para construir 2.134 estádios do Maracanã.
Como visto, o setor da construção civil é, hoje, o responsável por grande parte do volume de resíduos sólidos gerados em meios urbanos, com grande impacto ambiental, e as construtoras vivem o desafio de reduzir tal posição. Entre os itens mais desperdiçados nas obras estão entulhos como concreto, bloco cerâmico e argamassas.
Por isso, seis vetores devem ser contemplados, quando da concepção de um projeto imobiliário: funcionalidade, segurança, durabilidade, viabilidade econômica, estética e impacto ambiental. O principal desafio é atender a todas estas faces de forma harmônica e equilibrada, alcançando um nível de excelência como negócio e produto. Ainda que o fator econômico seja importante, ele não deve menosprezar aspectos como durabilidade e impacto ambiental – daí o desafio ser harmonizar os vetores.
Buscando Soluções
Alguma empresas buscam soluções sustentáveis, como é o caso do Grupo A.Yoshii, que vem implantando em suas obras projetos eficientes e economicamente viáveis, sem perder o padrão de qualidade. Para reduzir o uso desses materiais, os engenheiros buscam soluções com menor impacto durante a cadeia produtiva, aplicando melhorias e alterando alguns processos.
Assim, em todos seus empreendimentos são utilizadas tecnologias para racionalizar o consumo, como: aeradores em torneiras; vaso sanitário com acionamento de dual flush; utilização de sensores de presença no sistema de iluminação; uso de vidros de fachada que apresentam eficiência energética; reuso de água pluvial, entre outros.
O Grupo também adotou, ao longo dos anos, diversas práticas para diminuir os impactos da indústria da construção civil ao meio ambiente, além de incentivar os colaboradores a inovarem continuamente, buscando as melhores práticas para a execução dos serviços, alinhados à sustentabilidade corporativa. “O futuro da construção é a busca por processos mais industrializados e tecnológicos, para que os recursos sejam utilizados de forma mais racional, com redução dos desperdícios em canteiros de obra”, ressalta.
Construção Modular
A construção modular é outro exemplo de solução que reduz o desperdício de materiais e a formação de entulho, uma vez que utiliza módulos pré-fabricados sob medida. O processo de montagem é seco e mantém o canteiro de obras mais organizado. O mesmo princípio é aplicado ao conceito light steel frame, que usa aço galvanizado também preparado com antecedência para ser montado no local da obra.
Com o avanço tecnológico as paredes de projetos modulares ganharam revestimento termoacústico, agregando conforto. O mesmo tipo de tratamento é dado a contêineres reutilizados. Graças ao espaço interno estes equipamentos se tornaram opções rápidas, fáceis e baratas para instalações residenciais ou comerciais.
Independente do modelo escolhido, é fundamental optar por fontes sustentáveis ou renováveis de energia e recursos naturais. Sistemas de economia e reutilização da água e painéis fotovoltaicos são as principais tendências neste sentido.
O processo conhecido como retrofit, que consiste em modernizar um equipamento considerado ultrapassado, também se aplica às metas de sustentabilidade, pois não é preciso fazer uma grande reforma para limitar a vazão de água ou a fonte de energia, por exemplo.
*Da redação com informações dos portais Segs e IMOB